sábado, 18 de abril de 2009

PMDB define Iris Rezende como candidato ao Governo do Estado em 2010

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), foi tratado como o candidato de consenso dos peemedebistas para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas, no ano que vem, durante encontro do partido realizado ontem em Goiatuba. Apesar de dividida sobre a postura em relação à administração de Alcides Rodrigues (PP), a legenda demonstrou afinação nas críticas ao sucessor do pepista, o atualmente senador Marconi Perillo (PSDB).

As lideranças peemedebistas também reforçaram o discurso da necessidade de construção de uma grande aliança na disputa para o governo estadual, que tem no PT o alvo preferencial. Em 2006, o então senador Maguito Vilela, hoje prefeito de Aparecida, disputou as prévias do partido contra o então prefeito de Catalão, Adib Elias, e, apesar do favoritismo, perdeu a disputa para a Alcides. O insucesso na formação da aliança com o PT, entre outros fatores, foi apontado como uma das causas da derrota.

Desta vez, Adib, que atualmente preside o PMDB regional, fez questão de excluir, pelo menos no discurso, qualquer possibilidade de ser candidato ao governo. “Política tem fila. E o maior sonho que tenho é ver Iris de volta ao governo do Estado”, disse.

Tempo Novo
As críticas a Marconi, autor do bordão do Tempo Novo, foram desferidas com a exibição de um vídeo, na reta final da reunião. Adib exibiu a gravação, com cenas de obras que, segundo o presidente do partido, teriam sido “abandonadas pelo Tempo Novo”. O vídeo também mostrou imagens de rodovias do Estado em mau estado de conservação. Foram, ao todo, 12 minutos de exibição.

Mas, assim como fez o presidente regional da legenda, a maior parte das autoridades presentes aproveitou o primeiro grande encontro do PMDB este ano para declarar apoio irrestrito à candidatura do prefeito de Goiânia ao governo do Estado. “A causa que move o PMDB hoje é a candidatura de Iris ao governo”, disse o deputado estadual Thiago Peixoto, maior crítico de Alcides na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Romilton Morais fez uma comparação com o passado político de Iris. “Goiânia terá que ceder novamente o senhor ao governo estadual”, disse.

Já Iris evitou falar sobre o assunto e ressaltou que ainda não há definição em relação à sua candidatura. “Não é o momento de escolher candidato. Estamos a um ano e meio das eleições. Amanhã, se Goiânia e o povo decidirem que sou o melhor nome, estarei pronto”, disse o prefeito da capital.

Mesmo sem assumir a candidatura ao governo, Iris deu sinais de que a caminhada ao Palácio das Esmeraldas já começou para o PMDB. Ele sugeriu a Adib que seja constituída, imediatamente, uma comissão com técnicos e especialistas em diversas áreas para preparar o plano de governo da legenda para o ano que vem. “O boi está no buraco e não podemos descansar, nem nos acomodar”, disse Iris, que fez questão de lembrar que esta foi a terceira vez que saiu da capital para evento político desde que assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2005.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Iris entrega primeiras obras

Quase cinco meses após o início do segundo mandato, o prefeito Iris Rezende (PMDB) prevê para o início de maio as primeiras inaugurações e atos de lançamentos de obras. A demora na nomeação de comissionados, as medidas administrativas para prevenir os efeitos da crise econômica e as fortes chuvas são as causas para o atraso, segundo auxiliares, que levou o peemedebista a suspender a agenda política para se concentrar no calendário de obras.

As ações em habitação e meio ambiente serão o foco dos primeiros anúncios. Para o mês que vem está prevista a entrega de 5,1 mil moradias, em seis residenciais populares, construídas com empréstimo captado na Caixa Econômica Federal (CEF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff virão para a inauguração.

O prefeito também pretende entregar em maio o Parque Cascavel, na Região Oeste. Entre as ações no meio ambiente está o que o Paço Municipal define como “reconstrução” do Parque Mutirama. A obra prevê a construção de um túnel sob o trecho da Avenida Araguaia que ladeia a área, para permitir a integração do parque com o Bosque Botafogo, às margens da Marginal Botafogo. Ainda não há data definida para o lançamento.

Para até o fim do primeiro semestre está previsto o início das obras de dois novos viadutos na Marginal Botafogo: no cruzamento da Avenida 88, no acesso ao estádio Serra Dourada, e na confluência com a Avenida 136, na Avenida Jamel Cecílio. A Prefeitura vai aproveitar a intervenção para recuperar as pistas da marginal, que têm sido constantemente danificadas pelas chuvas fortes.

Na tentativa de manter o que chama de ritmo administrativo, o prefeito pretende intercalar o lançamento e entrega de grandes obras com pequenas inaugurações, entre elas de praças e asfalto. As primeiras ações na área de urbanização devem ser entregues ainda neste mês, segundo auxiliares do prefeito.

O esforço de Iris para dar visibilidade à gestão tem no horizonte às eleições estaduais do ano que vem. Pré-candidato, o prefeito quer manter a capital como a “vitrine” administrativa do partido para a disputa e, ao mesmo tempo, percorrer o interior do Estado para promover o partido e sua possível chapa ao Palácio das Esmeraldas.

Lentidão
As fortes chuvas das últimas semanas paralisaram as algumas das principais obras da prefeitura. A exceção é para a construção das moradias populares, que mesmo assim segue em ritmo lento.

Segundo dados da Prefeitura, são 36 frentes de trabalho nas obras (veja quadro) – algumas ainda nem haviam iniciado – que terão início ou reinício apenas na estiagem.

Com o atraso provocado pelas chuvas, a entrega definitiva das 5,1 mil casas pode ficar para setembro, segundo integrantes da Secretaria da Habitação. Oito novos residenciais estão sendo construídos para abrigar famílias em condição de risco, mas dois deles - Orlando de Morais e Antônio Carlos Pires - não tiveram as obras iniciadas.

As casas dependem de documentação, mas os equipamentos urbanos (escola, creche e unidade de saúde) já estariam em construção se não fosse o período chuvoso.

Nos outros residenciais, a construção de casas continua, mas em ritmo lento. Segundo a Secretaria de Habitação, os funcionários ficam no canteiro e, quando chove, os operários param. Quando passa a chuva, voltam a fazer o que é possível dos serviços internos, porque na área externa é sempre muito difícil trabalhar com a terra e material de construção molhados.

Oficialmente, a secretaria não trabalha com a hipótese de atraso na entrega dos residenciais. Todos eles foram licitados e estão sendo edificados por construtoras particulares, que prometeram colocar mais gente para trabalhar no período de estiagem e acelerar o ritmo das obras da Prefeitura.

A administração parou outras pequenas obras, como a implantação de rede de captação da água pluvial nos setores Jardim Atlântico e Parque Santa Cruz. Os servidores da Agência Municipal de Obras (AMO) que deveriam estar nesses canteiros, cerca de 200, atuam para socorrer estragos da chuva como o da Marginal Botafogo, cujo canal corre risco de desabamento em função do afundamento do solo.