segunda-feira, 13 de abril de 2009

Iris entrega primeiras obras

Quase cinco meses após o início do segundo mandato, o prefeito Iris Rezende (PMDB) prevê para o início de maio as primeiras inaugurações e atos de lançamentos de obras. A demora na nomeação de comissionados, as medidas administrativas para prevenir os efeitos da crise econômica e as fortes chuvas são as causas para o atraso, segundo auxiliares, que levou o peemedebista a suspender a agenda política para se concentrar no calendário de obras.

As ações em habitação e meio ambiente serão o foco dos primeiros anúncios. Para o mês que vem está prevista a entrega de 5,1 mil moradias, em seis residenciais populares, construídas com empréstimo captado na Caixa Econômica Federal (CEF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff virão para a inauguração.

O prefeito também pretende entregar em maio o Parque Cascavel, na Região Oeste. Entre as ações no meio ambiente está o que o Paço Municipal define como “reconstrução” do Parque Mutirama. A obra prevê a construção de um túnel sob o trecho da Avenida Araguaia que ladeia a área, para permitir a integração do parque com o Bosque Botafogo, às margens da Marginal Botafogo. Ainda não há data definida para o lançamento.

Para até o fim do primeiro semestre está previsto o início das obras de dois novos viadutos na Marginal Botafogo: no cruzamento da Avenida 88, no acesso ao estádio Serra Dourada, e na confluência com a Avenida 136, na Avenida Jamel Cecílio. A Prefeitura vai aproveitar a intervenção para recuperar as pistas da marginal, que têm sido constantemente danificadas pelas chuvas fortes.

Na tentativa de manter o que chama de ritmo administrativo, o prefeito pretende intercalar o lançamento e entrega de grandes obras com pequenas inaugurações, entre elas de praças e asfalto. As primeiras ações na área de urbanização devem ser entregues ainda neste mês, segundo auxiliares do prefeito.

O esforço de Iris para dar visibilidade à gestão tem no horizonte às eleições estaduais do ano que vem. Pré-candidato, o prefeito quer manter a capital como a “vitrine” administrativa do partido para a disputa e, ao mesmo tempo, percorrer o interior do Estado para promover o partido e sua possível chapa ao Palácio das Esmeraldas.

Lentidão
As fortes chuvas das últimas semanas paralisaram as algumas das principais obras da prefeitura. A exceção é para a construção das moradias populares, que mesmo assim segue em ritmo lento.

Segundo dados da Prefeitura, são 36 frentes de trabalho nas obras (veja quadro) – algumas ainda nem haviam iniciado – que terão início ou reinício apenas na estiagem.

Com o atraso provocado pelas chuvas, a entrega definitiva das 5,1 mil casas pode ficar para setembro, segundo integrantes da Secretaria da Habitação. Oito novos residenciais estão sendo construídos para abrigar famílias em condição de risco, mas dois deles - Orlando de Morais e Antônio Carlos Pires - não tiveram as obras iniciadas.

As casas dependem de documentação, mas os equipamentos urbanos (escola, creche e unidade de saúde) já estariam em construção se não fosse o período chuvoso.

Nos outros residenciais, a construção de casas continua, mas em ritmo lento. Segundo a Secretaria de Habitação, os funcionários ficam no canteiro e, quando chove, os operários param. Quando passa a chuva, voltam a fazer o que é possível dos serviços internos, porque na área externa é sempre muito difícil trabalhar com a terra e material de construção molhados.

Oficialmente, a secretaria não trabalha com a hipótese de atraso na entrega dos residenciais. Todos eles foram licitados e estão sendo edificados por construtoras particulares, que prometeram colocar mais gente para trabalhar no período de estiagem e acelerar o ritmo das obras da Prefeitura.

A administração parou outras pequenas obras, como a implantação de rede de captação da água pluvial nos setores Jardim Atlântico e Parque Santa Cruz. Os servidores da Agência Municipal de Obras (AMO) que deveriam estar nesses canteiros, cerca de 200, atuam para socorrer estragos da chuva como o da Marginal Botafogo, cujo canal corre risco de desabamento em função do afundamento do solo.

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